Rock Brasil, anos 50.... o inicio de tudo...
É complicado esse negocio de data de inicio para certas coisas, e o ROCK se encaixa exatamente nessa parte complicada.
Tudo o que sabemos é que foi por volta dos anos 50 que tudo teve inicio nas misturas musicais do mundo, e o Brasil não ficou muito atrás não.
Os rostos eram outros, as vozes eram outras, mas o idealismo do rock já corria em veias como de “Nora Ney” (A Bete Balanço, uma cantora de boleros e samba canção) que em 1955 lançava a música Ronda das Horas. Era uma versão em ritmo de fox para Rock Around the Clock, um dos primeiro sucessos do rock’n’roll, escrito por Max C. Freedman e Jimmy Knight e gravado por Bill Haley & His Comets.
Depois desse inusitado disco inaugural, os brasileiros viram aquela subversiva novidade americana ser assimilada pelos compositores nacionais e arrebatou nomes como Cauby Peixoto, Sérgio Murillo, Tony e Celly Campello.
No meio de tantos exotismos musicais, não foi nenhuma surpresa ouvir Nora Ney cantando um rock. Nessa época não havia o desejo de chocar o público com uma "rebeldia" (o rock, na época, ainda não havia ganhado o apelido de música rebelde), nem havia a preocupação de inventar uma música juvenil brasileira, para a maioria o rock era apenas mais um ritmo de sucesso.
Nada indicava que o rock ia ter uma influência tão duradoura no panorama musical brasileiro a ponto de, nos anos 80, se transformar numa das principais fontes de lucro da indústria de discos do país
Em seguida, com a entrada em cena da fase instrumental, os novos roqueiros agregaram à história do rock nacional os sons das guitarras, influenciados por grupos como os ingleses Shadows e os americanos Ventures, ampliando a cultura musical da juventude.
Em março de 1957 a RCA brasileira lança "a versão brasileira do amado e odiado Elvis Presley" tratava-se, nada mais nada menos, do cantor Caubi Peixoto - então com 22 anos - em fase roqueira.
Betinho e seu Conjunto foi o responsável pelo primeiro rock com guitarra elétrica, o clássico Enrolando o Rock, onde tocou uma Fender Stratocaster;
Depois, vieram Sérgio Murilo, Demétrius, Baby Santiago, Wilson Miranda, Ronnie Cord e outros, como Erasmo Carlos (com os Snakes), Eduardo Araújo, Albert Pavão e Renato e Seus Blue Caps, que fizeram a história daquela e das futuras gerações. Entre os clássicos da época, destacaram-se, entre outros, Rock de Morte (Sérgio Murilo), Rock do Saci (Demétrius), Bata Baby (Wilson Miranda), Estou Louco (Baby Santiago), Vigésimo Andar (Albert Pavão), Banho de Lua (Celly Campello), Rua Augusta (Ronnie Cord), Baby Rock (Tony Campello) e Diana (Carlos Gonzaga).
A partir de 1957 começaram a ser formadas, em várias cidades, as primeiras bandas do rock brasileiro. Os integrantes dessas bandas não eram mais ídolos consagrados como Nora Ney ou Caubi Peixoto, para quem o rock era apenas mais um estilo musical no seu repertório. Para pessoas como Erasmo e Roberto Carlos, no Rio de Janeiro, Raul Seixas, em Salvador, ou Rita Lee, em São Paulo (os três já eram roqueiros nos anos 50), o rock era o único estilo musical admissível e até um estilo de vida.
Em 1958, Erasmo é apresentado a um outro adolescente (de 15 anos) que também era fanático por rock: Roberto Carlos. Os dois logo ficam amigos e formam a banda The Sputiniks (que também contava com Tim Maia), que logo foi rebatizada de The Snacks em homenagem ao ponto de encontro dos roqueiros cariocas em Copacabana.
Em 1957, na Bahia Raul Seixas conhece o Rock atrás dos filhos do Consul da Inglaterra e já em 1958 ele já tocava com Os Panteras, "o primeiro conjunto de rock da Bahia", copiando o estilo de Chuck Berry e Little Richard.
No final da década o rock já começa a tomar forma e caras, a rebeldia já passa a ser mais associada a este gênero e ele ainda não estava nem perto da sua capacidade...
Fontes:
http://cliquemusic.uol.com.br/br/generos/Generos.asp?Nu_Materia=6
Silvio Essinger
http://alzeheimer.sites.uol.com.br/histock.htm
http://www.overmundo.com.br/banco/rock-brasileiro-historia-1950-1980
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