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22 de janeiro de 2009

Construção

Construção
Composição: Chico Buarque

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague

21 de janeiro de 2009

Cálice ou cale-se?




Cálice
(Gilberto Gil/Chico Buarque)

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça

8 de janeiro de 2009

"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu."

FERNANDO PESSOA

10 de dezembro de 2008

MUDANÇA DE VIDA: aprenda como é prazeroso fazer mudanças inesperadas


Gostaria de lhe fazer uma proposta. Talvez você já tenha pensado sobre isto várias vezes, mas pense hoje com mais atenção e carinho.

Mude. Como assim? Faça mudanças na sua vida. Comece devagar com atitudes simples, como mudar o seu estilo de roupa, andar descalço, doar os sapatos velhos. Ande pelo outro lado da rua, sente-se em outra cadeira, durma menos horas.

Tente andar sem pressa, observando os lugares em que a vida passa. Tire uma tarde livre para passear no parque, ou na praia. Saia sozinho para ouvir o canto dos pássaros. Veja o mundo com outras perspectivas.

Você já tentou abrir portas e gavetas com a mão não usual? Então, tente. Reaprenda e perceberá a sua capacidade de se adaptar às novas situações.

Durma do outro lado da cama. Troque o colchão, mude de cama. Veja outros programas de tv, compre jornais diferentes, leia outros livros, viva novos romances.

Se puder, troque de carro. Não faça do hábito um estilo de vida. Corrija a postura, faça ginástica, durma mais tarde, ou acorde mais cedo.

E que tal aprender uma palavra nova todo dia em outra língua? Seria maravilhoso! Proponha-se e mãos à obra! Escolha novas comidas, novas cores e temperos, outras delícias.

Experimente a gostosura da surpresa. Dê uma chance ao inesperado. Nem ligue se disserem que você está ficando louco ... Seja livre até na forma de pensar.

Experimente outro tipo de bebida, escolha novos restaurantes. Troque de bolsa, de carteira, de relógios, de atitude. Compre novos óculos, escreva poesias, quebre o despertador. Procure ouvir música de outros gêneros, conhecer novos cinemas. Tente um cabeleireiro mais ousado. Troque o medo pela Vida.

Procure fazer uma viagem longa, de preferência sem destino... Desperte as aventuras que hoje dormem no teu peito. E se não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo. Mude. Você com certeza vai conhecer coisas melhores e coisas piores, mas não é isso o que importa. O importante é a mudança, o movimento, a energia, o entusiasmo.


Fonte: autor Edson Marques


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"Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.
-Confúcio"
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=****

...em tempos de mudança....

30 de outubro de 2008

FELIZ ANO NOVO !!!!!!!!!!! FELIZ SAMHAIN !!!!!


FELIZ ANO NOVO !!!!!!!!!!!

É isso aí !!!
Pra alguns dia 31/10 é só o dia das bruxas, pra outros pode ser aniversários e para uns outros tantos é o Ano novo ^^
isso mesmo, pra algumas religiões pagãs principalmente no emisfério norte o dia 31/10 é a virada do ano pra o inicio de um novo ciclo. eu sigo uma dessas religiões, pra mim a comemoração do SAMHAIN é feita como no norte, no dia 31/10 (para alguns no sul essa data é dia 30 de ABRIL ).

então é isso ai !!!!!

FELIZ ANO NOVO PRA VCS!!!!!!
eu desejo q meu novo ciclo seja ainda MUITOOOOO melhor do q o qtermina hj.

Felicidades a todos...
=****

16 de outubro de 2008

DESEJO

DESEJO


Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel...
E muito carinho meu.

Autor desconhecido.

A LISTA

A LISTA
Oswaldo Montenegro

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você

Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver

Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você